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Aristóteles |
Passagem
do livro Ética a Nicômaco, escrito em prováveis 350 anos antes de Cristo:
“Os
incontinentes, que escolhem, em lugar das coisas que eles mesmos julgam boas,
outras que são agradáveis mas perniciosas; enquanto outras pessoas ainda, por
covardia e indolência, se esquivam de fazer o que consideram melhor para elas
próprias. E os que cometeram muitos atos abomináveis e são odiados pela sua
maldade esquivam-se à própria vida e destroem a si mesmos. E os maus buscam
outras pessoas com quem passar os seus dias e fugir de si; pois lembram-se de
muitos crimes e preveem outros semelhantes quando estão sozinhos, mas
esquecem-nos quando têm companhia. E, não possuindo em si nada de louvável, não
sentem nenhum amor por si mesmos. Por isso, tais homens tampouco se alegram ou
sofrem consigo próprios; porquanto a sua alma é dilacerada por forças
contrárias, e um dos elementos que a constituem, em razão da sua maldade, sofre
quando se abstém de certos atos, enquanto a outra parte se rejubila, e uma
delas o arrasta numa direção e a outra na direção contrária, como se o
quisessem esquartejar”.
26.03.2016
Textos Não Tetos