Sentados
à mesa
Me passa o pão
Me passa a manteiga
Empurra
o coração
Tens
medo que este eu não queira comer
Ela
não me passa
Fica
ao meu lado
Rutilando
seu meu seu ser
Regando
com talante nossa graça
Dentro
do sol de bule molhado
Vida
tropeçada na manhã de domingo
Uma
pantomima de castigo
Por
ter vencido a janela aberta
Que
ilumina o silêncio da paz estendida
Sobre
a mesa
Beijo
o sobrolho
Sempiterno
sabor cereja
Dentro
do amor fora do sonho
Para
calendário cozer
E
retina querer
Me passa
O
que vai ser
Tiago André Vargas