Quebrei-me
As
unhas
Coloquei-as
No
copo
Quebrei
O
copo
Coloquei-o
No
vaso sem flor
Quebrei
O
vaso sem flor
E
comi de punhados
Cerrados
Os
pedaços maiores
Os
menores
Lambi
A
flor
Prendi
Os
espinhos no meu peito
Nu
Para
sempre multifário
Abri
meus braços
Dei-me
de presente para
Você
dilacerar aos quatro grandes ventos
Fiquei
Aos
punhados
Feliz
Debaixo
das tuas garras
Agora
mansas
Uma
a uma
Violáceas
unhas
Mais
firmes que o amor marfim
A
menina desenhou
Uma
menina
Na
janela embaçada
Vamos
aos pares
Vamos
aos ares
15.07.2015
Tiago André Vargas
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Esthia. Pintura de Antônio Saura, 1958. |
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