Um
avô eterno primeiro melhor amigo disse que tudo nesta vida era para se
balançar.
Havia
um balanço
Uma
terra judiada para se impulsionar
E
algum vento com prazo de validade a tocar no rosto
Alice
segurou as correntes atadas àquela tábua
Sentou-se
E
com vinte dedos se pôs a voar
Havia
um balanço
Alguém
para com quem compartilhar
Somaram-se
dez dedos pelas costelas a lhe empurrar
Um
vento válido com frescor de pêssego
Uma
tarde de hálitos doces escorrendo pela grama
Pois
Alice nunca se engana
Nem
mesmo seus cabelos podem lhe acompanhar
Havia
dois balanços
Alguém
para com quem voar
O
vai e vem da vida
Eras
por baixo estações por cima
Chuva
noturna dedos e língua
Ninguém
queria tocar nas nuvens
Apenas
sorrir em sincronia
Ninguém
queria voar mais alto
Apenas balançar a
vida
Autoria de Tiago André Vargas
Fotografia de Ton Müller.
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