E
agora, o livro não somente tem uma capa, mas tornou-se um livro. Seja lá o que
isso for, é algo palpável, não em minhas mãos, mas nos meus binários sonhos.
Sem contar que existe um inseto pegajoso em sua fronte que por mim não fora
escolhido, mas dado, como um filho, desde sempre amado.
O
intemporal “em breve” está agora mais breve.
Tão
próximo que me é possível algum ar de liberdade, uma desvirtuada sensação de
cumplicidade pela dor e o prazer que tive em escrever este livro, em breve, tão
breve, compartilhada nestes mesmos olhos que agora correm letra por letra
produzindo infinitos significados para esta mensagem destemperada, cheia de
publicitárias promessas eleitorais de alguém que não busca se eleger.
Talvez
renunciar.
Na
verdade, voar.
No
escuro.
Sem
ser visto, apenas sentido, leve e pungente como um bater de asas na sincera
ausência das cores.
Mas,
eu falhei.
Acabei
sendo intenso e repulsivo como um beijo de cólera.
Mais informações. Em.
Breve.
Tiago André Vargas
![]() |
Capa do livro Mariposas no Útero - Tiago André Vargas - Editora Multifoco |
te digo que estou muito ansiosa por isso!
ResponderExcluirMuito bom ler isso Julia... Somos dois. :)
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