No
final das contas
Há
o quebrar das ondas
Nada
há mais
O
ambicionado final feliz
Enxertado
em vida plim plim
Prostrado,
também a onda irá levar
No
ponto mais profundo – logo triste – do oceano
Acaso
empilham-se pratos porcelânicos lavados em pranto
No
ponto mais profundo – menos triste – do oceano
Um
dia meu pó abraçará algum nó
Seu
No
início das contas
Há
o quebrar das ondas
Nada
há mais
Tiago André Vargas
07.10.2013
Imagem de InoaLa.
Tenho que admitir não possuir muito apreço por poesia, são poucos os nomes que me cativam e você me impressionou de uma forma ou de outra. Talvez seja a temática, sempre quis ser uma criatura marinha, acho que a pressão da terra é pesada demais para suportar, é pesado demais para andar, é rápido demais pra apreciar. Tudo cansativo e massante. No mar é melhor, sim, mesmo no ponto mais profundo - logo triste- do oceano, um mar de lágrimas. A gente se reflete nele, mas se tentar adentrá-lo logo se afoga, que dilema. Talvez eu morra afogada só por propósito.
ResponderExcluirFantástico.
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