Eis o velho quebra-cabeça
Do homem arando o chão
Eis minha velha tormenta
Segurando a peça na mão
Neste simplório passatempo
Sigo sempre aquela dica
Dada pelo falecido tio Bento
“Comece pelas coloridas”
Portanto começo pelo colono
Separado monto o boi preto judiado
Depois vem o arado velho e torto
E assim os dois estão juntados
A terra vermelha é a mais difícil
Várias peças tenho que testar
No fim sempre vale o sacrifício
Ao ver a imagem se formar
Por fim encaixo a última peça
No meu coração invade alegria
Não por ter alcançado a meta
E sim pela realizada lisonjearia
É que este quebra-cabeça
De peças gastas pelos dedos
A muito tempo me foi dado
Pelo querido e finado tio Bento
E assim nas tardes de chuva grossa
Onde não se trabalha pelo mau tempo
Espalho as peças cheias de memória
E de tanta coisa por fim me lembro
Autoria de Tiago André Vargas
Foto encontrada aqui.
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