Talvez nada seja mais dissimulado que o entretenimento. Esta retumbante evasiva do fatídico cotidiano.
Cadavéricos sorrisos.
Uma legião de semoventes esperando o esqueitista romper as genitálias no corrimão, aguardando pelos pobres cachorros adestrados que dançam para poder comer. Todo mundo dança para poder comer.
A droga sem fim. Um vídeo após o outro, um canal depois do outro, basta uma tela a frente. Pixels, pontos de luz, LCD, plasma, neoplasma? Uma perfeita dançante perissologia que ninguém sabe bem o ritmo.
É preciso saber dosar esta merda.
Sem entretenimento.
Melhores desejos.
Melhores desejos.
Autoria de Tiago André Vargas
Foto de Anny (Marina) R.
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