domingo, 16 de agosto de 2015

La bailarina



Este soneto é uma tentativa de escrever algo em espanhol, ou ainda, uma necessidade de escrever um coerente sentimento de momento indecifrável, cuja o caminho, somente a beleza de uma língua que eu desconheço me permitiu trilhar. Caso algo esteja errado, agradeço a correção de vocês.



La bailarina


Es verdad
Su madre te dio un vestido
Pero no fue una afección arterial
Lo que te permitiste soñar
Fuera de su cuerpo físico uña taza de cristal quiere hablar

Te convertiste en una activista
De la vida
En el peor callo de su mejor pie
Yo quiero besar

Cada día
En tu mundo
Una vuelta
Que no se inicia
Tampoco termina

Tiago André Vargas

16.08.2015

Pintura de Edgar Degas.

4 comentários:

  1. Muito bonito, mas essa é a métrica do soneto espanhol?

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    1. Obrigado Andrea! Na verdade não difere quanto a língua, até onde eu sei não existe uma métrica diferente oriunda por questões de linguagem, somente o estilo clássico 4x4x3x3 (Petrarca). Mas se Shakespeare criou o 4x4x4x2 (que eu acho mais bonito, inclusive) esse aqui acabou saindo diferente dos demais, 5x4x5. Eu acredito que se tiver 14 versos e, se o poema quiser (lembrando que ele tem vontade própria), poderá se dar o nome de soneto. Obrigado pelo recado!

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  2. Gostei do poema. Pude ver a bailarina rodopiar dentro dele, fria e selvagem, como se a própria Frida Khalo tivesse calçado sapatilhas em segredo...

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    1. http://www2.mcachicago.org/wp-content/uploads/2014/04/02kahlo1-975x1331.jpg

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